sábado, 24 de dezembro de 2016

A TEODICÉIA BÍBLICA DE JOÃO CALVINO ~ JOÃO CALVINO


A TEODICÉIA BÍBLICA DE JOÃO CALVINO


1. A VIDA DO CRISTÃO É UMA DURA CAMINHADA, NA QUAL, IMITANDO A CRISTO E SOB SUA GLÓRIA, A CRUZ DAS PROVAÇÕES E EMBATES É CARREGADA COM PACIÊNCIA

Com efeito, importa à mente piedosa subir ainda mais alto, isto é, ao ponto a que Cristo chama seus discípulos, a saber, que cada um tome sua cruz [Mt 16.24; Mc 8.33; Lc 9.23]. Pois a quantos e quaisquer o Senhor adotou e dignou da participação do que é seu, devem esses preparar-se para uma vida dura, laboriosa, agitada e repleta de muitas e variadas espécies de males. Assim, para que obtenha segura prova quanto aos seus, a vontade do Pai celestial é pressioná-los a tal medida. Tendo principiado de Cristo, seu Primogênito, ele segue este método em relação a todos os seus filhos. Ora, ainda que fosse ele o Filho amado acima dos demais e em quem se comprazia a alma do Pai [Mt 3.17; 17.5], no entanto, vemos quão indulgente e brandamente não foi ele tratado, de modo que , verdadeiramente, se possa dizer que, por quanto tempo habitou a terra, não foi só dominado por cruz perpétua, mas até mesmo toda sua vida outra coisa não foi senão uma espécie de cruz perpétua. O Apóstolo assinala a causa: que lhe foi necessário “aprender a obediência das coisas que sofreu” [Hb 5.8].
Portanto, por que nos eximiríamos dessa mesma condição a que foi necessário que Cristo, nosso Cabeça, se submetesse, principalmente quando ele se lhe submeteu por nossa causa, para que em si mesmo nos exibisse o modelo da paciência? Por esta razão, o Apóstolo ensina que este fim foi destinado a todos os filhos de Deus, a saber, que se fizessem conformes a ele [Rm 8.29]. Donde também nos provém consolação insigne: nas coisas árduas e difíceis, que são consideradas adversas e más, compartilhamos dos sofrimentos de Cristo, de sorte que, como ele do labirinto de todos os males entrou na glória celeste, assim, por entre variadas tribulações, sejamos conduzidos à mesma glória [At 14.22], pois assim Paulo mesmo fala em outro lugar [Fp 3.10,11]: que “enquanto aprendemos a comunhão de suas aflições, apreendemos, ao mesmo tempo, o poder de sua ressurreição”; e “enquanto nos fazemos conformes à sua morte, somos assim preparados para a participação de sua gloriosa ressurreição”. Quanto isto nos pode valer para suavizar toda a agrura da cruz, porque quanto mais afligidos somos por coisas adversas, tanto mais seguramente nos é solidificada a associação com Cristo, em virtude de cuja comunhão os próprios sofrimentos não só se nos fazem benditos, mas também trazem muita ajuda para nos promover a salvação!


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A NECESSIDADE DAS AFLIÇÕES NA VIDA DO CRISTÃO ~ JOELSON GALVÃO


A NECESSIDADE DAS AFLIÇÕES NA VIDA DO CRISTÃO


“Extraordinárias aflições nem sempre são punições de pecados extraordinários, mas às vezes elas são as provações de extraordinárias graças”. (Matthew Henry – Comentário em Jó 8:1-7)

Se as aflições são necessárias para este mundo em geral, consequentemente, elas também são necessárias para o povo de Deus também. E isto é pelo simples motivo de que enquanto estivermos neste mundo ainda seremos pecadores. Somos afligidos porque somos pecadores. 
Porém, o cristão é tratado por Deus de um modo diferente quando comparado com o não cristão, apesar de ambos estarem sujeitos a aflições. Deus tem um propósito especial para as aflições do Seu povo, diferentemente do não cristão. Por quais motivos o povo de Deus é afligido então? 

A) CORREÇÃO – Deus corrige a seus filhos, pois são estes a quem Ele ama (Hebreus 12:7-9; Apocalipse 3:19). Com isso não queremos dizer que toda aflição é necessariamente a correção por causa de um pecado específico, mas estamos dizendo que as aflições podem também ser correções de Deus.

B) PROVAÇÃO – Deus prova todos aqueles que professam amá-lo para tornar evidente o que de fato está no coração destes. Muitos estão amando a Deus apenas quando está tudo bem, mas os que verdadeiramente amam a Deus continuarão a amá-lo mesmo diante das aflições (1 Pedro 1:6-7; Mateus 13:20-21; Jó 1:8-11 com 1:20-21). 

C) SANTIFICAÇÃO - Deus permite que o Seu povo passe por provações e aflições para ficarem cada vez mais livres do pecado, isto é, para que não pequemos ainda mais contra Ele, mas para que sejamos exercitados em santidade e cresçamos espiritualmente em todas as coisas (2 Coríntios 12:1-10; Hebreus 12:10; Romanos 5:3-5; Tiago 1:2-4; 1 Pedro 1:7).

D) PARTICIPANTES DE CRISTO – Deus usa as provações e aflições para nos fazer participantes de Cristo, isto é, de tudo o que pertence a Cristo, primeiro de suas aflições e, depois, de Sua glória (1 Pedro 4:13; 2 Coríntios 1:3-7; Filipenses 1:29; 2 Coríntios 4:17-18). 

A ansiedade pode ser vencida. Isto pode e deve ser feito para a glória de Deus e para o bem de nossa vida como um todo. Isto trará também um grande bem para todos aqueles que estão ao nosso redor, nossa família, irmãos e amigos. Concluímos com mais alguns textos bíblicos:

“Esforçai-vos, e ele fortalecerá o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor”. 
(Salmos 31:24)

“Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor”. 
(Salmos 27:14)

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”. 
(Efésios 6:10)

“Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares”.
(Josué 1:9)

“Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo. Não temas, tu verme de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel”.
(Isaías 41:13-14)

Que o Senhor, pois, nos fortaleça!
Amém!


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UMA IMAGEM QUE REPRESENTA O TERROR DOS ÍMPIOS
"Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de súbito vermelhossangue – eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a mureta – havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fjord e sobre a cidade – os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade – e senti o grito infinito da Natureza".
Edvard Munch (pintor norueguês - 1863 — 1944)
Autor do quadro "O Grito"
Aos trinta anos Munch pinta "O Grito", considerada a sua obra máxima, e uma das mais importantes da história do expressionismo. O quadro retrata a angústia e o desespero, e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor quanto com seus amigos.
Toda a obra está impregnada pelas suas obsessões: a morte, a solidão, a melancolia, o terror das forças da natureza.
FONTES 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

COMPAIXÃO ~ PROJETO VEREDAS ANTIGAS



* COMPAIXÃO *


* UMA CRISTÃ DIZ:
"Compaixão é mais do que empatia e mais do que simpatia. Compaixão move-nos a agir para aliviar o sofrimento, mesmo quando essa ação nos custa. A compaixão é amor sacrificial."

* SEU IRMÃO EM CRISTO RESPONDE:
"Creio que o que você descreve deve ser próprio de um cristão, que ama a Cristo, Sua igreja, a verdade bíblica e a confessionalidade covenanter."
* E A PRIMEIRA CONCLUI COM EXATA SABEDORIA:
"Sim, é próprio de um cristão, mas nem todos os que afirmam ser cristãos realmente são. E este tipo de compaixão flui de uma fé madura, ou então é evidência de uma forte vocação. De qualquer maneira, tenho visto isto raramente na minha experiência, que é tão bonito quando acontece. Muitos param em simples simpatia, sentindo-se mal, mas não fazendo nada para aliviar o sofrimento do próximo. Outros param em empatia, tendo profundo entendimento da experiência do outro, mas não fazendo nada para mudar essa experiência. Compaixão que move uma alma para o serviço de sacrifício é um tesouro raro. Quando ela se expressa através de nossos talentos, seja um talento para confrontar corajosamente ou abrir portas fechadas com a diplomacia, isso traz alegria! Mesmo se perdemos a batalha, há alegria no serviço."

* O SENHOR JESUS ENSINA:
"E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; e, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; e, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar."
Lucas 10:30-35